sábado, 3 de março de 2012

Tiahuanaco,a Cidade mais Antiga do Planeta




Localizada na Bolívia (72km de La Paz), a 3.750 metros de altura, Tiahuanaco é uma das cidades mais misteriosas do mundo. A princípio, acreditava-se que ela havia sido construída pelos antecessores dos Incas, há 2 mil anos. Mas, perto da virada do século, o erudito boliviano Arthur Posnansky deu início a um estudo de 50 anos nas ruinas de Tiahuanaco. Com a ajuda da astronomia, Posnansky descobriu algo que daria início a muita polêmica no meio científico, como era de se esperar: calculou que Tiahuanaco havia sido erguida há mais de 17 mil anos, muito antes que, supostamente, qualquer civilização existisse.
Esta fabulosa cidade foi chamada de “o berço da civilização” por Posnansky. Apesar de ter sido confirmada, por engenheiros, a acuidade das medições de Posnansky, sua conclusão nunca foi aceita. Porém, Neil Steede, um arqueólogo perito em América Central, decidiu reabrir esta controversa investigação. Neil visitou o novo sítio de escavação do Dr. Oswaldo Rivera, perito em arqueologia boliviana, a pirâmide Akapana. Hoje, grande parte está em ruinas, mas a base foi milagrosamente preservada e prova a avançada capacidade dos construtores.
As pedras desse sítio estão perfeitamente colocadas. Cientistas tentaram inserir uma agulha e uma carta de baralho em todos os pontos da junção e não foi possível. Hoje já se sabe que a cidade foi construida segundo alinhamentos astronômicos. Partindo disso, Neil Steede usou os mesmos alinhamentos astronômicos para datar o sítio.

Posnansky observou que no 1° dia de primavera, o Sol se ergueu exatamente no centro do templo através da arcada. Baseado no desenho do templo, deduziu que no 1° dia do inverno e do verão o Sol deveria se erguer por sobre as pedras angulares. Mas isto não ocorria. A posição do Sol, por alguma razão passava um pouco dos marcadores de ângulo. Em Tiahuanaco, a arquitetura está alinhada perfeitamente com os pontos cardeais. Porém, medindo-as precisamente, são encontrados “erros”. O Dr. Rivera acredita que sejam simples erros de construção, sem relação com a data em que foi construida.
Observando a perfeição com que foi feito este sítio, com pedras de mais de 100 toneladas (algumas chegando a 200 tons), sugerir que coisas como marcadores de solstício estejam desalinhados é inacreditável, e, como Posnansky, Neil também acha que os marcadores de solstício estão localizados com precisão, como tudo mais no sítio. De fato, este foi o argumento que Posnansky usou para calcular a idade do sítio. Medindo o ângulo das pedras angulares e comparando-o a posição do nascer do Sol de hoje, Posnansky pode calcular que Tiahuanaco foi construida há 17 mil anos. Porém, naquela época, o ângulo do eixo de inclinação da Terra era levemente diferente do atual. Então, o Sol no verão e no inverno deve ter se erguido diretamente sobre as pedras angulares.
Hoje, temos medidas astronômicas melhores devido aos satélites e computadores. Foram feitos novos cálculos baseados nestas informações e foi descoberta uma data não menos surpreendente: 12 mil anos. Mas isso ainda faz de Tiahuanaco a cidade mais antiga da face da Terra.



 No livro Chronicles of Peru, escrito no século XVI, Garcia de la Vega diz que quando os espanhóis chegaram à América do Sul, perguntaram aos Incas se eles haviam construido a incrível cidade de Tiahuanaco. Os Incas disseram que não. De fato, eles riram da idéia e afimaram que não tinham nada a ver com a cidade e que ela havia sido construida milhares de anos antes deles.
Hoje, o que é divulgado nos meios científicos, é que o Homem chegou à América do Sul há cerca de 15 mil anos atrás, os chamados “caçadores errantes”. Porém, as evidências acima sugerem que Tiahuanaco tenha sido construida por uma civilização muito avançada. Talvez muito mais do que se imagine.
Ao restaurar o templo de Puma Punka, Dr. Rivera e sua equipe acharam uma estranha depressão entre dois blocos de pedra. Ao espanar a poeira, notaram um brilho de metal. Os construtores de Tiahuanaco cavaram um encaixe na pedra e nele derramaram uma liga que se endurecia e se transformava em um grampo. Este grampo era utilizado para segurar os blocos de pedra juntos. O mais impressionante é que para mover a liga derretida para cada lado onde um grampo era necessário, precisariam ter algo como um forno de fundição portátil para manter o metal em estado líquido.
O mesmo método de construção foi utilizado também pelos construtores egípcios. A antiguidade e a sofisticação tecnológica em Tiahuanaco deveriam fazer com que cada um de nós questionasse as origens da civilização.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O TRIÂNGULO DAS BERMUDAS



O Triângulo das Bermudas (também conhecido como Triângulo do Diabo) é uma área que varia, aproximadamente, de 1,1 milhão de km² até 3,95 milhões de km². Essa variação ocorre em virtude de fatores físicos, químicos, climáticos, geográficos e geofísicos da região, que influem decisivamente no cálculo de sua área, situada no Oceano Atlântico entre as ilhas Bermudas, Porto Rico, Fort Lauderdale (Flórida) e as Bahamas. A região notabilizou-se como palco de diversos desaparecimentos de aviões, barcos de passeio e navios, para os quais popularizaram-se explicações extrafísicas e/ou sobrenaturais.
Uma das possíveis explicações para estes fenômenos são os distúrbios que esta região passa, no campo magnético da Terra. Um dos casos mais famosos é o chamado voo 19. Muito embora existam diversos eventos anteriores, os primeiros relatos mais sistemáticos começam a ocorrer entre 1945 e 1950. Alguns traçam o mistério até Colombo. Mesmo assim, os incidentes vão de 200 a não mais de 1000 nos últimos 500 anos. Howard Rosenberg afirma que em 1973 a Guarda Costeira dos EUA respondeu a mais de 8.000 pedidos de ajuda na área e que mais de 50 navios e 20 aviões se perderam na zona, durante o último século.
Muitas teorias foram dadas para explicar o extraordinário mistério dos aviões e navios desaparecidos. Extraterrestres, resíduos de cristais da Atlântida, humanos com armas antigravidade ou outras tecnologias esquisitas, vórtices da quarta dimensão, estão entre os favoritos dos escritores de fantasias. Campos magnéticos estranhos, flatulências oceânicas (gás metano do fundo do oceano) são os favoritos dos mais técnicos. O tempo (tempestades, furacões, tsunamis, terremotos, ondas, correntes), e outras causas naturais e humanas são as favoritas entre os investigadores céticos.

                                                         
                                                HISTÓRIA  E EVOLUÇÃO



Desde a era das Grandes Navegações, nos séculos XV e XVI, as naus que viajavam da Europa para as Américas passavam continuamente por esta área para aproveitar os ventos da Corrente do Golfo. Depois, com o desenvolvimento das máquinas a vapor e dos barcos com motores de combustão interna, grande parte do tráfego do Atlântico Norte já não passava mais por esta área.
A Corrente do Golfo, uma área com clima instável (conhecida por seus furacões), também passa pelo triângulo ao sair do Mar do Caribe. A combinação de um intenso tráfego marítimo e o clima instável pode ter feito com que alguns barcos entrassem em tempestades e se perdessem sem deixar pistas, principalmente antes do desenvolvimento das telecomunicações, do radar e dos satélites no final do século XX.
A primeira obra documentada sobre os desaparecimentos nesta área foi lançada em 1950, por E. V. W. Jones, jornalista da Associated Press, que escreveu algumas matérias sobre desaparecimentos de barcos no triângulo. Jones disse que os desaparecimentos de barcos, aviões e pequenos botes eram "misteriosos". E deu a esta área o nome de "Triângulo do Diabo".
Em 1952, George X. Sand afirmou em um artigo da Revista do Destino que nesta área aconteciam "estranhos desaparecimentos marinhos".
Em 1964, o escritor sensacionalista Vincent Gaddis cunhou o termo "Triângulo das Bermudas" em um artigo da revista Argosy. Um ano depois publicou o livro Invisible Horizons: True Mysteries of the Sea ("Horizontes Invisíveis: os Verdadeiros Mistérios do Mar"), onde incluía um capítulo chamado "O Mortal Triângulo das Bermudas". Geralmente, Gaddis é considerado o "inventor" do Triângulo das Bermudas.
Mas foram dez anos depois, em 1974, que o mistério tornou-se mito, através de Charles Berlitz e seu livro O Triângulo das Bermudas, onde ele pegou alguns textos de Gaddis e recompilou alguns casos de desaparecimentos, misturados com falsidades e flagrantes invenções.
Foi depois da publicação desse livro que os eventos foram conhecidos através da imprensa de uma forma mais abrangente. Após acharem a cabeça de um homem no mar todos afirmaram que havia coisas sobrenaturais.
Um canal de tv americano, especializado em ficção científica, produziu em 2005 uma mini-série para com o nome de The Bermuda Triangle: Startling new secrets.


                                           EXPLICAÇÕES SOBRENATURAIS



Alguns escritores têm usado alguns conceitos sobrenaturais para explicar os eventos no triângulo. Uma explicação é de uma suposta tecnologia do continente perdido de Atlântida. Às vezes conecta-se esta história à formação rochosa submersa conhecida como Bimini Road ("Estrada de Bimini"), perto da ilha de Bimini, nas Bahamas, que está no triângulo em alguns casos. Seguidores de Edgar Cayce tiveram a previsão de que a evidência de Atlântida seria encontrada em 1968, referindo-se à descoberta de Bimini Road. Alguns descrevem a formação como uma estrada, uma parede, ou outra estrutura, apesar dos geólogos considerarem isso como sendo de origem natural. [1]
Outros escritores atribuíram os eventos aos OVNIs. [2] Esta ideia foi usada por Steven Spielberg em seu filme de ficção científica Contatos Imediatos de Terceiro Grau, que mostra os tripulantes do voo 19 como humanos abduzidos.
Charles Berlitz, autor de vários livros de fenômenos anormais atribuiu os desaparecimentos no triângulo como uma anomalia ou forças inexplicáveis. [3]
Também tem sido pensado que o triângulo é um buraco de minhoca (um buraco no tempo e espaço)
                                                   
                                                                         

                                                               ALGUNS DESAPAREÇIMENTOS



Listagem de eventos

1840 - Rosalie - embarcação francesa encontrada meses após o seu desaparecimento, na área do Triângulo das Bermudas, navegando com as velas recolhidas, a carga intacta, porém sem vestígios de sua tripulação.
1880 - Atlanta - Fragata britânica, desapareceu em Janeiro, com 290 pessoas a bordo.
1902 - Freya - embarcação alemã, ficou um dia desaparecida. Saiu de Manzanillo, em Cuba no dia 3 de outubro. Foi encontrada no dia seguinte, no mesmo local de onde havia saído, porém sem nenhuma pessoa a bordo: todos os tripulantes desapareceram.
1909 - The Spray - pequeno iate do aventureiro canadense Joshua Slocum, que desapareceu nesta área.
1917 - SS Timandra - embarcação que iria para Buenos Aires que tinha partido de Norfolk (Virgínia) com uma carga de carvão, e uma tripulação de 21 passageiros. Não emitiu nenhum sinal de rádio.
1918 - Cyclops - embarcação carregada com 19.000 toneladas de aprovisionamentos para a Marinha Norte-americana, com 309 pessoas a bordo. Desapareceu a 4 de março em mar calmo, sem emitir aviso, mesmo dispondo de rádio.
1921 - Carroll. A. Deering - cargueiro que afundou no cabo Hatteras, cerca de 1000 km a oeste das ilhas Bermudas.
1925 - Raifuku Maru - embarcação que afundou em uma tempestade a cerca de 1000 km ao norte das ilhas Bermudas.
1925 - Cotopaxi - embarcação desaparecida próximo a Cuba.
1926 - SS Suduffco - embarcação que afundou em um furacão no triângulo.
1931 - Stavenger - cargueiro desaparecido com 43 homens a bordo.
1932 - John and Mary - embarcação desaparecida em Abril. Foi encontrada posteriormente à deriva, a cerca de 80 quilômetros das ilhas Bermudas.
1938 - Anglo-Australian - embarcação desaparecida em Março, com uma tripulação de 39 homens. Pediu socorro quando estava próxima ao Arquipélago dos Açores.
1940 - Gloria Colite - embarcação desaparecida em Fevereiro. Foi encontrada com tudo intacto, mas sem a tripulação.
1942 - Surcouf - submarino francês que foi atacado pelo cargueiro norte-americano Thompson Lykes perto do Canal do Panamá, cerca de 1800 km do triângulo
1944 - Rubicon - cargueiro cubano desaparecido em 22 de outubro. Foi encontrado mais tarde pela Guarda Costeira Norte-americana próximo à costa da Flórida.
1945 - Super Constellation - aeronave da Marinha Norte-americana desaparecida em 30 de Outubro, com 42 pessoas a bordo.
1945 - Voo 19 ou Missão 19 ("Flight 19") - esquadrilha de cinco aviões TBF Avenger, desaparecida em 5 de Dezembro.
1945 - Martin Mariner - hidroavião enviado na busca do Vôo 19, também desapareceu em 5 de dezembro, após 20 minutos de vôo, com 13 tripulantes a bordo.
1947 - C-54 - aeronave do Exército dos Estados Unidos, jamais foi encontrado.
1948 - DC-3 - aeronave comercial, desaparecida em 28 de dezembro, com 32 passageiros.
1948 - Tudor IV Star Tiger - aeronave que desapareceu com 31 passageiros.
1948 - SS Samkey - embarcação que afundou a 4200 km a nordeste do triângulo e a 200 km a nordeste dos Açores.
1949 - Tudor IV Star Ariel - aeronave que desapareceu no triângulo.
1950 - Sandra - cargueiro transportando inseticida, desapareceu em Junho e jamais foi encontrado.
1950 - GLOBEMASTER - Avião desaparecido em março. Era um avião comercial dos Estados Unidos.
1952 - YORK - Avião de transporte britânico. Desaparecido em 2 de fevereiro. Tinha 33 passageiros a bordo fora a tripulação. Sumiu ao norte do Triângulo das Bermudas.
1954 - Lockheed Constelation - aeronave militar com 42 passageiros a bordo que desapareceu no triângulo.
1955 - CONNEMARA IV - Desapareceu em setembro e apareceu 640km distante das bermudas, também sem tripulação.
1956 - MARTIN P-5M - Hidroavião desaparecido em 9 de novembro. Fazia a patrulha da costa dos Estados Unidos. Sumiu com 10 tripulantes a bordo nas proximidades do Triângulo das Bermudas.
1957 - CHASE YC-122 - Desaparecido em 11 de janeiro. Era um avião cargueiro com 4 passageiros a bordo.
1962 - Um avião KB-50 desapareceu em 8 de janeiro. Tratava-se de um avião tanque das Forças Aéreas dos Estados Unidos. Desapareceu quando cruzava o Triângulo.
1963 - MARINE SULPHUR QUEEN - Cargueiro que desapareceu em fevereiro sem emitir nenhum pedido de socorro.
1963 - SNO'BOY - Desaparecido em 1º de Julho. Era um pesqueiro com 20 homens a bordo. Nunca foi encontrado.
1963 - 2 STRATOTANKERS KC-135 desapareceram em 28 de agosto. Eram 2 aviões de quatro motores cada, novos, a serviço das forças aéreas americanas. Iam em missão secreta para uma base no Atlântico, mas nunca chegaram no local.
1963 - CARGOMASTER C-132 - Desaparecido em 22 de setembro perto das ilhas Açores.
1965 - FLYNG BOXCAR C-119 - Desaparecido em 5 de junho. Era um avião comercial com 10 passageiros a bordo.
1967 - WITCHCRAFT - Desaparecido em 24 de dezembro. Considerado um dos casos mais extraordinários do Triângulo. Tratava-se de uma embarcação que realizava cruzeiros marítimos. Estava amarrado a uma bóia em frente ao porto de Miami, Flórida, a cerca de 1600 metros do solo. Simplesmente desapareceu com sua equipe e um passageiro a bordo.
1970 - Milton Latrides - cargueiro francês que partiu de Nova Orleans em direção à Cidade do Cabo. Levava uma carga de azeite vegetal e refrigerante. Afundou no triângulo em Abril.
1973 - ANITA - Desaparecido em março. Era um cargueiro de 20.000 toneladas que estava circulando próximo ao Triângulo com 32 tripulantes a bordo.
1976 - Grand Zenith - petroleiro, afundou com pessoas e bens a bordo. Deixou uma grande mancha de petróleo que, pouco depois, também desapareceu.
1976 - SS Sylvia L. Ossa - embarcação que afundou em um furacão a oeste das ilhas Bermudas.
1978 - SS Hawarden Bridge - embarcação que foi encontrada abandonada no triângulo.
1980 - SS Poet - embarcação que afundou em um furacão no triângulo. Transportava grãos para o Egito.
1995 - Jamanic K - cargueiro que afundou no triângulo, depois de sair de Cap-Haïtien.
1997 - Iate - É encontrado um iate alemão.
1999 - Genesis - cargueiro que afundou depois de sair do porto de São Vicente; sua carga incluía 465 toneladas de tanques de água, tábuas, concreto e tijolos; informou de problemas com uma bomba um pouco antes de perder o contato. Foi realizada uma busca sem sucesso em uma área de 85.000 km² (33.000 milhas quadradas).
Outros eventos:
Um Cessna 172 é "caçado" por uma nuvem, o que resulta em funcionamento defeituoso de seus instrumentos, com conseqüente perda de posição e morte do piloto, como informaram os passageiros sobreviventes.
Um Beechcraft Bonanza voa para dentro de uma monstruosa nuvem cúmulo ao largo de Andros, perde o contato pelo rádio e logo recupera-o, quatro minutos depois, mas descobre que agora está sobre Miami, com mais vinte e cinco galões de gasolina do que deveria ter-quase exatamente a quantidade de gasolina que seria gasta pelo aparelho numa viagem Andros-Miami.
Um 727 da National Airlines fica sem radar durante dez minutos, tempo em que o piloto informa estar voando através de um leve nevoeiro. Na hora de aterrissar, descobre-se que todos os relógios a bordo e o cronômetro do avião perderam exatamente dez minutos, apesar de uma verificação da hora cerca de trinta minutos antes da aterrissagem.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

MITOLOGIA GREGA

                                                     INTRODUÇÃO



Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objetivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenômenos da natureza ou para os acontecimentos históricos.
Portanto, para buscar um significado para os fatos políticos, econômicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram transmitidas, principalmente, através da literatura oral.
 Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, econômicos, materiais, artísticos,  políticos e culturais.


                                    ENTENDENDO A MITOLOGIA GREGA

Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material. Um trabalhador do comércio, por exemplo, deveria deixar o deus Hermes sempre satisfeito, para conseguir bons resultados em seu trabalho.

OS PRINÇIPAIS SERES MITOLÓGICOS DA GRÉÇIA ANTIGA ERAM:


-Herois: seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos : Herácles ou Hércules e Aquiles.
-Ninfas:seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
-Sátiros: figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
-Centauros:corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo.
-Sereias:mulheres com metade do corpo de peixe, atraíam os marinheiros com seus cantos atraentes.
Górgonas: mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes. Exemplo: Medusa
Quimerasmistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.




                                            O MINOTAURO
O Minotauro (touro de Minos) é uma figura mitológica criada na Grécia Antiga. Com cabeça e cauda de touro num corpo de homem, este personagem povoou o imaginário dos gregos, levando medo e terror. De acordo com o mito, a criatura habitava um labirinto na Ilha de Creta que era governada pelo rei Minos.

Conta o mito que ele nasceu em função de um desrespeito de seu pai ao deus dos mares, Poseidon. O rei Minos, antes de tornar-se rei de Creta, havia feito um pedido ao deus para que ele se tornasse o rei. Poseidon aceita o pedido, porém pede em troca que Minos sacrificasse, em sua homenagem, um lindo touro branco que sairia do mar. Ao receber o animal, o rei ficou tão impressionado com sua beleza que resolveu sacrificar um outro touro em seu lugar, esperando que o deus não percebesse. 
Muito bravo com a atitude do rei, Poseidon resolve castigar o mortal. Faz com que a esposa de Minos, Pasífae, se apaixonasse pelo touro. Isso não só aconteceu como também ela acabou ficando grávida do animal. Nasceu desta união o Minotauro. Desesperado e com muito medo, Minos solicitou a Dédalos que este construísse um labirinto gigante para prender a criatura. O labirinto foi construído no subsolo do palácio de Minos, na cidade de Cnossos, em Creta.
Após vencer e dominar, numa guerra, os atenienses , que haviam matado Androceu (filho de Minos), o rei de Creta ordenou que fossem enviados todo ano sete rapazes e sete moças de Atenas para serem devorados pelo Minotauro.

Após o terceiro ano de sacrifícios, o herói grego Teseu resolve apresentar-se voluntariamente para ir à Creta matar o Minotauro. Ao chegar na ilha, Ariadne (filha do rei Minos) apaixona-se pelo herói grego e resolve ajudá-lo, entregando-lhe um novelo de lã para que Teseu pudesse marcar o caminho na entrada e não se perder no grandioso e perigoso labirinto. Tomando todo cuidado, Teseu escondeu-se entre as paredes do labirinto e atacou o monstro de surpresa. Usou uma espada mágica, que havia ganhado de presente de Ariadne, colocando fim aquela terrível criatura. O herói ajudou a salvar outros atenienses que ainda estavam vivos dentro do labirinto. Saíram do local seguindo o caminho deixado pelo novelo de lã.

O mito do Minotauro foi um dos mais contados na época da Grécia Antiga. Passou de geração em geração, principalmente de forma oral. Pais contavam para os filhos, filhos para os netos e assim por diante. Era uma maneira dos gregos ensinarem o que poderia aconteceu àqueles que desrespeitassem ou tentassem enganar os deuses.



DEUSES GREGOS

Na Grécia Antiga, as pessoas seguiam uma religião politeísta, ou seja, acreditavam em vários deuses. Estes, apesar de serem imortais, possuíam características de comportamentos e atitudes semelhantes aos seres humanos. Maldade, bondade, egoísmo, fraqueza, força, vingança e outras características estavam presentes nos deuses, segundo os gregos antigos. De acordo com este povo, as divindades habitavam o topo do Monte Olimpo, de onde decidiam a vida dos mortais. Zeus era o de maior importãncia, considerado a divindade seprema do panteão grego. Acreditavam também que, muitas vezes, os deuses desciam do monte sagrado para relacionarem-se com as pessoas. Neste sentido, os heróis eram os filhos das divindades com os seres humanos comuns. Cada cidade da Grécia Antiga possuía um deus protetor.
Cada entidade divina representava forças da natureza ou sentimentos humanos. Poseidon, por exemplo, era o representante dos mares e Afrodite a deusa da beleza corporal e do amor. A mitologia grega era passada de forma oral de pai para filho e, muitas vezes, servia para explicar fenômenos da natureza ou passar conselhos de vida. Ao invadir e dominar a Grécia, os romanos absorveram o panteão grego, modificando apenas os nomes dos deuses.

De acordo com o gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos.
Ciúmes, inveja, traição e violência também eram características encontradas no Olimpo. Muitas vezes, apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com estes. Desta união entre deuses e mortais surgiam os heróis.

Conheça os principais deuses gregos:

-Zeus: deus de todos os deuses, senhor do Céu.
-Afrodite: deusa do amor, sexo e beleza.
-poseidon: deus dos mares.
-Hades: deus das almas dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo.
-Hera: deusa dos casamentos e da maternidade.
-Apolo: deus da luz e das obras de artes.
-Ártemis: deusa da caça e da vida selvagem.
-Ares:  divindade da guerra.
-Atena:  divindade da guerra.
-Cronos: deus da agricultura que também simbolizava o tempo.
-Hermes: divindade que representava o comércio e as comunicações.
-Hefesto: divindade do fogo e do trabalho.


                        O ORÁCULO DE DELFOS
                                      
Situado em Delfos, o Oráculo de Delfos era dedicado principalmente a Apolo e centrado num grande templo, ao qual vinham os antigos gregos para colocar questões aos deuses. Situado na Grécia, no que foi a antiga cidade chamada Delfos (que hoje já não existe), no sopé do monte Parnaso, nas encostas das montanhas da Fócida, a 700 m sobre o nível do mar e a 9,5 km de distância do golfo de Corinto.
Delfos era um recinto e um complexo de construções num terreno sagrado para os antigos gregos, onde se realizavam os Jogos Píticos e havia um templo consagrado ao deus Apolo, originalmente consagrado à Pítia. Neste templo, as sacerdotisas de Apolo (Pitonisa) faziam profecias em transes. As respostas e profecias ali obtidas eram consideradas verdades absolutas. Hoje, suspeita-se que os transes e visões das sacerdotisas eram provocados por gases emitidos por uma fenda subterrânea no local.
Das rochas da montanha circundante brotam várias nascentes que formam fontes. Uma das fontes mais conhecidas desde tempos muito antigos era a fonte de Castália, rodeada de um bosque de loureiros consagrado ao deus Apolo. A lenda e a mitologia contam que no monte Parnaso e próximo desta fonte se reuniam algumas divindades, deusas menores do canto e da poesia, chamadas musas, e as ninfas das fontes, chamadas náiades. Nestas reuniões Apolo tocava a lira e as divindades cantavam.
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Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo.
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— Inscrição no oráculo de Delfos, atribuída aos Sete Sábios (c. 650a.C.-550 a.C.)

oráculo de Delfos influenciou significativamente a colonização grega das costas do sul da Itália e da Sicília. Chegou a ser o centro religioso do mundo helénico.
A Fócida ou Fócia é uma antiga região do centro da Grécia atravessada pelo grande maciço do monte Parnaso. Na época da Grécia clássica uma parte desta região, a que está situada junto desse monte, tinha o topónimo de Pyto (ou Pito), em grego Πυθω. Este lugar é conhecido como Delfos, ou seja, Pyto e Delfos são sinónimos. O porto de Itea era o acesso por mar mais próximo de Delfos.
O recinto inclui ainda os chamados tesouros (θεσαυρυς), que eram pequenas construções semelhantes a capelas onde se guardavam os ex-votos e os donativos que frequentemente eram muito valiosos. Sabe-se que existiam estes tesouros:
  • Tesouro de Siracusa
  • Tesouro de Cirenea
  • Tesouro de Cnido
  • Tesouro de Sifnos
  • Tesouro de Sición (muito importante)
  • Tesouro de Tebas
  • Tesouro de Corinto
  • Tesouro dos etruscos
  • Tesouro dos atenienses (o único restaurado).

O Oráculo de Delfos foi um grande local sagrado da Grécia Antiga, dedicado ao deus Apolo (deus da luz, sol, profecia e verdade).

Ele se localizava no pé do Monte Parnaso (região central da Grécia). No centro do oráculo havia um grande templo em homenagem ao deus Apolo.

Os gregos recorriam ao oráculo para perguntar aos deuses sobre problemas cotidianos, questões de guerra, vida sentimental, previsões de tempo, etc. Os gregos acreditavam que os deuses ficavam neste oráculo, junto com ninfas e musas, orientando as pessoas.

O Oráculo de Delfos tornou-se, na antiguidade clássica, um dos mais importantes centros religiosos da Grécia Antiga. Hoje, suas ruínas atraem muitos turistas do mundo todo.








segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O IMPÉRIO ROMANO


Otávio tornou-se o primeiro Imperador, governando de 27 a.C. a 14 d.C. Suas primeiras medidas tinham por finalidade reestruturar a administração do novo Estado Imperial: restringiu as funções do Senado; criou uma nova ordem administrativa (as prefeituras); melhorou as formas de cobranças de impostos; instituiu a guarda pretoriana com a função de garantir a proteção do imperador.

Na economia, Otávio incentivou a produção e protegeu as rotas comerciais. Empreendeu a construção de várias obras públicas, o que gerou muitos empregos aos plebeus.
Para ganhar popularidade, Otávio adotou a política do “pão e circo”.
A paz, a prosperidade e as realizações artísticas marcaram o governo de Otávio Augusto. O século I, em que transcorreu seu governo, ficou conhecido como “a pax romana”.


Após o governo de Otávio, o Império Romano foi governado por várias dinastias:


1. Dinastia Júlio-Claudiana (do ano 14 ao 68).


2. Dinastia dos Flávios (do ano 69 ao 96).


3. Dinastia do Antoninos (do ano 96 ao 192).


4. Dinastia dos Severos (do ano 193 ao 235).

                                         

                                                CRISE E DECADÊNCIA DO IMPÉRIO

 O império Romano, no século III, foi afetado pela crise geral do escravismo, iniciada nos reinados dos últimos Antoninos. A prosperidade romana estava alicerçada na agropecuária e, nessa época, ocorreu uma decadência na produção de técnicas agrícolas, sobretudo na Itália. Somou-se a isso a interrupção da expansão romana no Ocidente, que levou à falta de mão-de-obra escrava, barateando,assim, o trabalho livre e assalariado. Os proprietários passaram a arrendar suas terras aos colonos, instituindo o “sistema de colonato” (a permanência do camponês na terra).

Desses fatores, resultou a diminuição da arrecadação de tributos, levando o Estado a dificuldades de manter a máquina administrativa, principalmente o exército, o que culminou com as invasões bárbaras.

                                                  O DOMINATO


O Dominato era uma monarquia despótica e militar, semelhante ao helenístico, ou seja, o poder do governante tinha uma fundamentação religiosa. O nome dessa instituição derivou de dominus (senhor), que foi como passaram a se intitular os imperadores a partir de Diocleciano.

No governo de Diocleciano, foi criada a Tetrarquia. Para melhorar a defesa das fronteiras, principalmente com a pressão dos bárbaros, o Império foi dividido em quatro partes, cada uma delas com governo próprio. Na economia, Diocleciano tentou reduzir a inflação, por meio do Edito Máximo que consistia na fixação dos preços máximos para os produtos comercializados e um limite de ganhos sobre a jornada de trabalhos.
Em 313, Constantino assumiu o poder e restabeleceu a unidade imperial, valorizando a idéia de que a base do Império estava fundada nas províncias do Oriente. Estabeleceu, em 330, a capital do Império Romano na antiga colônia grega de Bizâncio, rebatizada com o nome de Constantinopla. Além disso, instituiu o Edito de Milão, no qual reconheceu a religião cristã, transformando-a na mais importante de Roma. Ainda no século IV, os bárbaros iniciaram as invasões em busca de terras férteis. Em 378, os visigodos investiram contra o Império Romano, vencendo-o na batalha de Adrianópolis.
Teodósio foi o último imperador uno, instituiindo o Edito de Tessalônica, em 330, pelo qual a religião cristã tornava-se oficial do Império.
Por ocasião da morte de Teodósio (395), o Império foi divido em Ocidente, governado por Honório, e Oriente, governado por Arcádio – ambos filhos do Imperador.
O Império Romano decaiu em 476, invadido pelos hunos.
                                                                 
                                                              O CRISTIANISMO

                                                          O surgimento e expansão do cristianismo estiveram ligados diretamente ao Império Romano. A princípio, os romanos tinham uma religião politeísta dividida entre doméstica e oficial. Na doméstica, as famílias consideravam seus antepassados protetores e os cultuavam. Todas as casas possuíam um altar onde eram realizados os cultos.

Os romanos cultuavam diversas divindades herdadas dos gregos como Júpiter, Vênus, Diana, Baco, Minerva, Netuno e outros.
O cristianismo surgiu na Palestina, uma província romana e, progressivamente, difundiu-se por todo o Império Romano. É uma religião monoteísta, messiânica e profética. Jesus Cristo ensinou o amor a um único Deus, ao próximo, assim como pregou a humildade e a fraternidade.
Os princípios do cristianismo são: a crença na Trindade, crença em anjos, no juízo final, na ressurreição da carne e na vida eterna. A Boa Nova dos cristãos foi pregada pelos apóstolos, no Oriente, e chegou até Roma, posterior a morte de Cristo.
Inicialmente, essa religião foi muito perseguida pelo Estado romano. Mas, após sua oficialização por Teodósio, constituiu-se como a religião universal e a mais importante do Ocidente.



                                                                CULTURA
A cultura romana foi influenciada pela cultura grega. Após sua expansão pelo Mediterrâneo Oriental, essa influência intensificou-se, na medida em que os romanos entraram em contato direto com a cultura helenística.

O Direito romano foi um dos aspectos mais importantes que os romanos deixaram para outros povos. Ele surgiu como resultado de um processo histórico lento, fruto de lutas sociais distintas entre patrícios e plebeus.
A igualdade civil conseguida entre as duas camadas sociais possibilitou o aprimoramento do jus civili romano. Por outro lado, a conquista de outros povos exigiu um tratamento especial para os mesmos, originando o jus gentium. É de suma importância a introdução dos princípios de um direito natural, como por exemplo, o direito à vida.
Na literatura, destaque para Cícero, orador; os poetas Horácio, Ovídio e Virgílio; e como historiador, Tito Lívio, autor de História de Roma.
A Arquitetura foi a arte mais desenvolvida, marcada pela grandiosidade de suas construções: muralhas, estradas, teatros, anfiteatros, templos, aquedutos, termas e outros

domingo, 22 de agosto de 2010

O CAVALO DE TRÓIA


O cavalo de Tróia faz parte de um dos famosos estratagemas criados por Ulisses, com a finalidade de pôr termo à guerra travada com os Troianos que já durava há dez anos.


A guerra de Tróia foi desencadeada por Páris (filho do rei troiano Príamo) que, apaixonado por Helena (casada com Menelau), a raptou. Os príncipes gregos juntaram-se para defender a honra de Menelau e, sob o comando de Agamémnon, atacaram Tróia. Durante dez anos, os Gregos puseram cerco a Tróia, mas sem qualquer resultado vitorioso. Até que o herói Ulisses, que era muito inteligente, ardiloso e conhecido pela sua grande capacidade de orador, se lembrou de uma artimanha. Fingindo a derrota, os Gregos deixaram, como oferta, um enorme cavalo de madeira às portas das muralhas de Tróia.
 Convencidos da vitória, os Troianos transportaram o cavalo para dentro da cidade e festejaram durante toda a noite. Quando os Troianos, embriagados e cansados, começaram a dormir, guerreiros gregos, entre eles Ulisses, saíram do ventre do cavalo de madeira e atacaram-nos, conquistando por fim a cidade de Tróia. Esta foi então incendiada, o rei Príamo e a sua família foram mortos e Helena voltou para o marido.
Diz a lenda que a verdadeira Helena tinha ficado no Egipto, onde Menelau mais tarde a encontrou, e que Páris apenas tinha raptado o seu fantasma. Esta eventual estadia de Helena no Egipto é também justificada por um naufrágio sofrido durante a viagem de regresso e que terá levado Helena e Menelau até àquele país. O casal só conseguiu chegar a Esparta oito anos depois da guerra de Tróia.